Eloquente Capital Cosmopolita
Quintas banhadas de vides
Plantadas, por homens de
Mãos calejadas, senhores
Trajados de sabedoria o
Qual faria da uva o vinho
Que alvoroçaria.
Terra socalcada, embebida
No Douro, abalroada
De castas fundidas de
Eras dela vividas.
Rio de histórias
Guardadas, por ele
Barcos navegados de
Pipos arcados de épocas
Transactos.
Real feitoria do vinho
Coroado, por feitores
Administrado, vindo
Da esfinge genuína
De terra cristalina
Por mãos afortunado.
Gente caracterizada pela
Sobriedade; que transporta
Afinidade, gente coesa,
Povo distinguido, de
Homogéneo permanecido.
Ponte das Barcas; a
Primeira a ser construída,
Nela enrubescida o fatídico
Dia da vitória Portuense,
Lacrada na história vestida
De aflição do afogamento
Na memória; convincente
Glória.
Reflexo contido nas águas
Há muito permanecido,
De barcas acarretadas de
Vinho e de pipos nele
Corrido. Senhores das
Caves, provadores da
Genuína cor que hoje
Ainda perdura na
Aventureira dor da cor
Nele se ter esbarrado
Pelas mãos acabado
E se ter perdido
Na travessia do Douro
Onde findou naufragado.
Posted by Marcos Santos
Incomensurável Estado Ladino
Mar repleto de gente; escadaria
Deslumbrante numa correria
Ofegante da pobreza esfomeada
De bocas alvas amargas.
Braços estendidos num atropelo
Do dia que se fazia da chegada
Esperada dos barcos encostada
Ás bermas do rio atalhados de
Riqueza que espantaria a fome
Que se fazia entranhados nos
Olhares da luz.
Nobre povo de feições enrugadas,
De vidas fatigadas na ascensão
Da aurora prometida de trabalhos
Cumprida, e a fome revestida de
Dissabores partilhados, da
Entrega não exercida depois de
Uma vida de trabalho oferecida
Dos barões concluída.
Fecho da luz, que trás o Douro,
Noite ruidosa de almas perdidas
No seio ofendidas, do mundo
Infesto de braço dado com a
Ostentação do alegado senhor
Professo que traz no bolso
Poder da razão.
Vagabundos escondidos por detrás
Do dique, á espera da hora
Pensada, do flagrante empurrão Consumada, do roubo atroz visada,
Numa correria desalmada avistava
A tasca onde comeria a carne
Profanada.
A sirene tocava no alto da cidade,
Como um aviso á autoridade do
Roubo consagrado pelo mendigo,
Agora atulhado do pedaço de carne
Que havia disputado.
A autoridade tinha corrido toda a
Cidade onde o roubo havia
Acontecido, o mendigo já cansado,
Contemplava a cama que ninguém
Lhe tinha oferecido.
Neste entretanto, na sala dos
Barões dançavam a valsa das
Razões, de impérios concordantes
Com as “leis” dos tratantes,
Lá fora aclamava-se a revolta da
Mundana gente incandescente
De gestos e faces pulverizados
Dos momentos acatados do calmo
E infamo tempo da fome
Proclamado.
O silencio na praça arrebatado,
O riso na sala dos barões
Promulgado; noite ingrata.
A voz que se fez ouvir, espalhada
Pelo povo firme e faminto,
A praça que há-de aludir a gente
Que travou a “guerra” que pelo
Pão lutou.
Já faz tempo que passou.
A história assim julgou, a noite
Que caiu, mais uma página
Pereceu do século que persistiu
Em manter a diferença do povo que
Lutou, e do barão que sorriu com
A razão que fingiu.
posted by Marcos Santos
Herege
As trevas foram lançadas. Esconde-se a verdade por detrás de um apocalipse inventado, Satanás pula de gargalhadas e os anjos em circulo provocam o remoinho.
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